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Defesa da Petrobrás
Nós, da chapa 1 (FNP), defendemos a Petrobrás contra qualquer ataque da
direita, que quer privatizá-la. Mas para nós, isso não se confunde com jogar
para debaixo do tapete as irregularidades cometidas pela alta direção –
indicada pelo atual governo. A chapa da FUP não defende a Petrobrás, mas a
gestão da Petrobrás. Afinal, são dezenas de ex-sindicalistas indicados pela FUP
para serem gerentes nos últimos anos.
Manter o que está errado é uma falsa
defesa. A direita só está nos atacando porque essa turma tem enfraquecido a
Petrobrás com nomeações políticas, corrupção, terceirização, desmonte da
pesquisa, corte nos investimentos em segurança e saúde etc. O atual governo e
gestão da empresa não inventaram a corrupção, mas também não acabaram com ela,
mantendo a lógica do balcão de negócios dentro da empresa. Estão colocando a
Petrobrás em risco. Só um Sindipetro-RJ que seja independente do governo e da
empresa pode ser um instrumento capaz de defender o caráter estatal da
Petrobrás para colocá-la a serviço do povo brasileiro.
2
Defesa dos participantes da Petros
Do mesmo modo, estaremos na linha de frente da defesa dos participantes
da Petros. É uma vergonha o que nos últimos anos o Conselho Fiscal tenha
reprovado sistematicamente as contas da Petros e que nada seja feito a
respeito. O patrimônio dos participantes tem sido utilizado em uma série de
investimentos para sustentar os planos do governo e em vários negócios que
ficaram conhecidos amplamente como armações e que geraram prejuízos ao fundo.
Recentemente os conselheiros da Petros eleitos pelos trabalhadores denunciaram
que os participantes petroleiros tem financiado uma série de planos inviáveis
abertos nos últimos anos. Isto tem gerado cada vez mais ansiedade nos
petroleiros que esperam poder aposentar-se dignamente. Vergonhosamente o
representante da FUP vota sistematicamente a favor destes equívocos. Defender
os participantes da Petros também requer um Sindipetro-RJ independente.
3
Independência e luta
Defendemos um sindicalismo combatente, que tenha compromisso apenas com
a categoria, sem conchavo com a empresa, governo ou partido. Apenas assim
podemos arrancar vitórias, defendendo nossas conquistas e fazendo avançar
nossos direitos. Já a outra chapa integra a lógica fupista, que nada mais é do
que a troca de cargos na empresa pela defesa cega do governo. Com isso, deixam
de utilizar a arma mais forte do trabalhador, a mobilização. Muitos dos acordos
assinados pela categoria avançaram graças à combatividade dos sindicatos da
FNP, que muitas vezes forçaram a FUP a ter de ir pra luta. Quantas vezes os
fupistas não ensaiaram o fim de uma greve e tiveram de recuar por causa da
mobilização nas bases da FNP e da indignação dos trabalhadores de suas bases?
Se não fosse a existência de um polo combativo, de uma alternativa de
direção, nossos acordos seriam muito piores. Infelizmente, por estar afastada
da base e das lutas, a chapa fupista não conhece as várias lutas que travamos
ao longo dos anos. Criticam os escrachos e outras expressões de luta da
categoria, mas ignoram – propositalmente – as diversas outras mobilizações
travadas pelo sindicato e pela categoria do RJ.
Esteve longe da luta cotidiana contra o assédio moral, da luta travada
pelos trabalhadores do TABG e do CENPES, da luta diária dos cipistas em defesa
da saúde e da segurança. Nunca apareceram para dar apoio às lutas. Só aparecem
para a aprovar a assinatura de acordos ruins, para bater palmas ao RH e para
disputar as eleições. São oportunistas!
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Unidade
A formação da Chapa 1, que representa a aliança dos dirigentes mais
experientes com os ativistas mais novos da categoria (uma renovação de 40%),
demonstra que esta é a chapa da unidade. Aqui, há espaço para as mais diversas
correntes de pensamento e atuação. Ao contrário da outra chapa, feita às
pressas e controlada por um único grupo, a Chapa 1 é fruto de 3 plenárias com
mais de 100 companheiros. Além disso, é a chapa que – assim como a FNP –
defende nacionalmente a unidade na luta dos petroleiros. Isso significa que
somos os defensores de mesa única de negociação, calendário unificado de
mobilizações e comando nacional de greve. Defendemos esse método de luta por
entender que é o melhor para a categoria, mesmo que não tenhamos nenhum acordo
programático com a FUP. Sabemos colocar as diferenças de lado quando o que está
em jogo é o destino da categoria. Por diversas vezes fizemos esse chamado aos
governistas, mas eles recusam. Com isso, perguntamos: quem divide a categoria?
5
Conselhos de base
Um dos compromissos dessa chapa é a formação de um Conselho de Representantes
das comissões de base, que será composto por trabalhadores de todas as bases
(Diretoria colegiada + trabalhadores eleitos em cada unidade). O objetivo é que
esse conselho se transforme em uma instância estratégica da categoria durante
as mobilizações e campanhas salariais.
Além disso, é uma importante ferramenta para transformar o sindicato em
um instrumento da categoria, subordinado aos interesses dos trabalhadores. É
uma forma de garantir um sindicalismo democrático, com forte presença na base, até
porque consideramos correta a crítica de devemos estar mais próximos da base. Quanto mais alinhada aos trabalhadores, menores as chances de erros e mais
fortes seremos para derrotar os ataques da empresa.
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Jurídico
Em nossa opinião, um ponto de apoio forte da categoria é o Departamento
Jurídico. E para que a categoria tenha amplo acesso às conquistas jurídicas do
Sindicato é fundamental dar mais divulgação a essas vitórias, assim como
melhorar o acompanhamento dos processos e melhorar o atendimento local aos
associados. Hoje, temos mais de 5 mil ações individuais e diversas ações
coletivas que tramitam nas mais diversas esferas da Justiça. A ação de RMNR,
uma das mais recentes, tem obtido importantes vitórias. Para a Chapa 1,
fortalecer o Jurídico – sempre subordinado às mobilizações diretas da categoria
– será um dos eixos de nossa gestão.
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Revolucionar a Comunicação
Um dos compromissos da Chapa 1 é otimizar a comunicação com a
categoria. Uma mudança na forma e no conteúdo de tudo aquilo que produzimos e
divulgamos para os trabalhadores. O site, por exemplo, precisa de melhorias.
Temos uma estrutura de comunicação capaz de aproximar os trabalhadores do
sindicato, se convertendo em um grande impulsionador da organização coletiva da
categoria durante os processos de mobilização. Em nossa gestão, o conteúdo
produzido será previa e amplamente debatido na direção. Com isso, estará
garantida a construção coletiva dos materiais de comunicação.
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Aposentados e Pensionistas
A empresa discrimina descaradamente os aposentados e pensionistas, que
representam sem dúvida o setor que mais sofreu com as políticas da empresa, do
governo e de traição das entidades tradicionais que um dia lutaram. A Reforma
da Previdência, a repactuação, tabela salarial “congelada”, com aumento real
zero no salário base, são alguns exemplos de ataques sofridos por essa parcela
da categoria. Ataques que um dia serão proferidos a todos da ativa quando se
aposentarem. Quando chega a aposentadoria, a categoria sofre, por não contar
mais com abonos e PLR e se deparar com o péssimo salário base. Por isso,
defendemos o fim das discriminações ao aposentados e pensionistas, com aumento
real no salário base e fim das remunerações variáveis, com sua incorporação ao
salário base.
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Anistiados
A empresa e o governo apostam na divisão da categoria para desmobilizar
e conseguir impor mais ataques a seus trabalhadores. Consideramos petroleiros
todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás e somos contra as distorções dos
direitos que acompanharam a reintegração dos demitidos. Além disso, ainda há
muitos companheiros fora da empresa aguardando sua anistia. Esta luta é uma
batalha da Chapa 1.
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Defesa dos terceirizados
Existem hoje, em média, 4 terceirizados para cada petroleiro próprio.
Os terceirizados não dispõem de uma série de direitos que os trabalhadores
próprios têm. São contratados numa relação de emprego sem garantias mínimas,
como a manutenção de seus postos de trabalho e benefícios que não atendem suas
necessidades. Além disso, muitas empresas no final de seus contratos deixam de
pagar os direitos trabalhistas. Temos que defender os terceirizados contra uma
série de ataques e defender condições dignas de trabalho para esses
companheiros. Além disso, a categoria petroleira deve sempre se solidarizar com
a luta das outras categorias, pois a unidade de toda a classe é fundamental
para as vitórias.
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