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quinta-feira, 10 de abril de 2014

A opinião da chapa 1 sobre o PIDV

É inegável: para quem tinha a intenção de se aposentar, o PIDV veio em boa hora. No entanto, a Chapa 1 entende que para o conjunto da categoria esta medida não pode ser considerada uma conquista. 

Em primeiro lugar, porque ela atende uma lógica neoliberal nefasta: o desligamento de petroleiros próprios, com salários mais altos e grande conhecimento técnico, por trabalhadores terceirizados, que recebem salários menores e treinamento inadequado. Esta ação faz parte da privatização velada da Petrobrás.

Entretanto, a partir da perspectiva individual de cada empregado, sabemos também que o petroleiro (funcionário de estatal) perde em média 40% da remuneração - consequência da política de remunerações variáveis aplicadas pela empresa através da PLR, gratificação contingencial, etc. Não é o caso dos servidores públicos, que se aposentam com 100% da remuneração.

Por isso, entendemos que a Petrobrás deveria aplicar uma política permanente de estímulo para a aposentadoria como parte de uma política de recuperação de, pelo menos, parte dessas perdas. Em nossa opinião, a luta prioritária da categoria neste terreno é atacar a fonte do problema: ou seja, exigir o fim da remuneração variável (uma fraude salarial) e, ao mesmo tempo, incorporá-la ao salário base.

2 comentários:

Ampliando o debate, mas na mesma linha de argumentação, o PIDV vem na esteira da retirada de direitos de aposentadoria de toda a Categoria: seja pela Repactuação (http://petrospetroleiro2020.wordpress.com/2012/07/22/o-resumo-da-historia-dos-ataques-aos-trabalhadores-em-seus-direitos-de-aposentadoria/), que retirou direitos do pessoal aposentado e com mais tempo de Companhia; seja pelo impedimento de entrada dos Novos Empregados no Plano Petros (Benefício definido) mediante oferta de um plano rebaixado, o Petros2 (Contribuição rebaixada e benefício indefinido - http://petroleiro2020.files.wordpress.com/2012/06/petros-2-retirando-direitos-dos-trabalhadores.doc). Todos perdemos e, financeiramente, a Companhia ganhou com a retirada de direitos apoiada pela FUP. E, assim, após mais precarizar a condição de aposentadoria, pela repactuação e com reflexos que, agora, a justiça tem decidido ilegais (ex.: tabela congelada e níveis concedidos somente para o pessoal da ativa - mascarando aumentos salarias), o oferecimento do PIDV é mais um ataque à categoria, pois não repõe os direitos retirados, discrimina quem se aposentou antes e quem se aposentará depois do “Programa de Incentivo”, fato que, por fim, funcionará como chantagem a boa parte dos trabalhadores que se enquadram nos requisitos moldados para excluí-los.

Neste sentido, é importante:

• Ler o artigo “O PIDV da Petrobrás – A consequência natural da falta de uma política de RH” de Ronaldo Tedesco no Blog dos Conselheiros da Petros - http://conselhopetros.blogspot.com.br/2014/02/o-pidv-da-petrobras-consequencia.html

• E ver, no debate para o CA, que o Sílvio Sinedino explicita que o PIDV é a confissão dos equívocos (Precarização) que têm sido as políticas de Remuneração (Flexibilização) e Previdência Complementar (Repactuação) da Petrobras - http://petroleiro2020.wordpress.com/2014/02/04/debate-2o-turno-ca-2014-avaliacao/

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